Busco ver o que há de sabedoria.
Levantando e se pondo a milhões de anos.
Assim, procuro ver os sinais de sua queda
como prelúdio de um novo recomeço.
Quando nasce é óbvio possui o encanto da luz.
Mas, quando em declínio se deita, brinca com
as cores, e cutuca a escuridão, que insiste em
não deixar chegar com fácil vitória.
As vezes deveríamos deixar esses últimos raios
adentrarem nossos corpos, tentando aquecer nossas mãos,
nos felicitar com a semi-facilidade que a inércia nos dá.
Acreditamos em vão que os caminhos tortuosos
serão doadores de nossa alegria;
mas os caminhos sem-fim e as amarguras sem-porque
nada mais são que espinhos
que nós impede de sentir a beleza dos finais
porque somente eles são promessas de inícios.