Feixe de luz

Digo que este amor mais proibído me ronda. 

Seus olhos como faróis estão memorizados, 

como depois de momentos escuros

em que as luzes ficam marcadas dentro do breu. 

A gente espreme os olhos, mas a luz continua latente.

Existe aquela breve claridade estranha, 

que se aproximar me cego, 

mas que se afastar me perco.

Prefiro deixar como está, olho pra frente e pra trás,

buscado outra medida para me guiar, 

Mas apenas lembro desta claridade estranha

que de algum modo me leva até você.

Fechando o cerco

Não finja se importar, apenas chegue silenciosamente

e de uma só vez e coma meu coração.

Você está tão longe do que realmente diz,

tanto que quase a vejo pequena, sumindo em seus sonhos,

fantasias e outras infinidades de pequenas coisas

egoístas que você nunca hesitou em esconder.

Junto a essas folhas ao vento, venho passando despercebido

aos seus olhos selvagens - Como qualquer boa tirania,

o que já por ti fora conquistado, não lhe importa mais.