quarta-feira, 8 de maio de 2013

Vigésimo Sétimo.

Não sei se deveria ter calma
ou então correr contigo aos campos
secretos, onde florescem nossos desejos
e se enterram as aflições depravadas.
Lembro das palavras ficarem
atravessadas entre nós, e tudo
o que sobrou foram somente as horas de longa espera.
É claro que não sei ao certo o que se passava dentro de ti,
mas a surpresa de tua presença encandesce
alguma coisa perdida, dentro de mim, por tanto tempo:
Vigésimo sétimo outono, o que trará em seus frutos?
Não peço sabedoria, tampouco passos firmes na relva.
Traga-me aquela pessoa que, desmedidamente,
brinca em meu corpo e usa-o para aquecer-se
nas noite frias vindouras.