Ainda
em meu quarto escuro
levanto-me antes de você e te olho
dormindo
ao meu lado – o sublime e a danação
conjurados
no mesmo corpo sedoso como o pecado.
Lavo
meu rosto desconsolado,
me
torno as ruínas de um sentimento doloroso:
Nada
brota mais nesse solo, infértil e agourado
pelas
más línguas, a não ser ervas daninhas.
Faço
um café pra nós dois e, antes que acorde,
novamente
já não serei mais eu ao seu lado.