segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Um saldo final?


Desconfio ter que deixar coisas demais para trás.
Sentimentos que me escoraram por anos
e que em determinados momentos nem sei se compensam.
Quando todos seus passos são projeções, a hora de parar
sempre é adiada,
pois quando a ideia se torna seu único sentido,
mais do que os palpáveis lá fora
o labirinto parece cada vez mais
exceder o que tenho para oferecer.
Vejo seu retrato e ainda o limpo constantemente:
A indiferença jamais poderá ser meu remédio
se eu quiser ainda continuar alguma busca.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Quase sem maquiagem...

Quando eu te tocar , você sentirá a brisa fresca
como em nossos dias de juventude
em que as cores ainda faziam parte dos corações?
Nunca fomos fracos com os sentimentos:
mas nem sei quando me esqueci e impacientemente
escaparam-me alguns deles.
Não sei ao certo quando eles migraram,
como pássaros no inverno
procurando o calor nas luzes dos faróis,
só lembro que a trilha terminava em ti.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Colares e Anéis.


Você que sempre é tão ágil com as palavras
cade seus motivos e desculpas pela situação?
Amanha ficarei apenas com seus presentes
e algumas lembranças;
quanto a ti, terá todos meus traços e rabiscos
em seu mural. Terá meu coração inteiro, capturado.
Sem saber como me explicar, você me envolve
em seu jogo, calcula e esquadrinha suas chances
e me põe junto a seus colares e anéis,
feito tua peça rara em sua coleção sem fim.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Tentativa e Erro


Seus desejos liberados já espalham seus véus
sobre meu corpo, sobre intenções que nem tive
até me ligar.
Eu achava que de uma maneira ou de outra
a vida daria um jeito de nos colocar de frente
um para o outro, de modo que as palavras simplesmente
deslizariam por nossas bocas afora
e que elas se olhariam e que dariam conta do recado.
Ai elas se tocariam, nosso narizes se tocariam
e depois os corpos também se tocariam e dariam conta do recado.
Acontece que você sempre permaneceu como uma
distância intransponível - a estrada onde correm os solitários:
a chegada é sempre mais adiante, a vitória inexistente
a plenitude sempre em outro lugar.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Alguma ruína.


Meu coração não estava aberto até você partir,
e eu, obtuso, estava convencido que te amava
e que, de certo modo, se ele estivesse quebrado
eu era o tal responsável.
Mas não, hoje sei que nada tive haver com tais perdas:
Você era mais forte que tudo aqui, e no fundo, não dava a mínima
Demorou ate eu aprender que teria que me queimar todo
para te tê-la por completo – você era minha fortaleza e eu me queimei.
Quais forças estranhas possuem esses sentimentos que, para totalidade,
exigem um breve sacrifício de quem os possuíram?
Eu procurei por todos os lados as soluções para abrir as portas.
Assim me preparei e tivera em notas calculado  tudo
No entanto, percebo tardiamente,
que elas sempre estiveram abertas para mim.