terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Inexplendoroso Reino.


Já nesses passos estranhamente solitários
percebo meu castelo se desmoronar
e minhas palavras tornarem-se vazias de sentido
sob esse meu império cheio de mentiras.
Poderiamos estar juntos de alguma maneira, mas minha falsidade
corroeu o que havia de belo entre nós, enferrujou nossas coroas e
contaminou nossos corações lançando-os num poço repleto de escuridão.
Agora olho para o trono vazio de um rei covarde
que sangra suas mazelas por vias plenas de dor,
esperando a redenção que talvez nunca virá.
Não há mais explendor algum em meu reino.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Sádico, sagrado e irônico.


Te ver implica em juntar ao meu espirito
aquela pena capital, como suplício em que
na dor deveria me purificar.
Algo que ainda pulsa dentro de meu corpo,
mesmo em sangue, diz que esse é o preço
por aproximar-me e desejar justamente aqui
que não fora talvez prometido para mim.
Reluto e uivo seu nome pela noite amarga
como gosto de bebida a muito tempo junto a boca.
Então misteriosamente o som de seu nome me acalma
e ver seus olhos de perto me acalentam como à um passaro abatido.
Então todo aquele peso por alguns instantes estanca-se,
sendo que nos breves segundo ao seu lado religo-me
em minha verdadeira natureza. Se permaneço aqui, é porque
o imperdão e angústia dentro de mim ainda devem
ser expurgados desse sacrilégio - amor e felicidade estão para sempre
proibídos de se conhecer.