quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Sobre cautela e fichas telefônicas.


Tentei te ligar, esperando ouvir sua voz, mas não consegui.
Talvez sua segurança e calma interna sejam tão grandes agora
que encobriram todo aquele desespero que um dia
correu para me contar - pois dizia ser eu o único a compreender.
Então de repente passo toda a madrugada pensando
em cada refrão das frases, em cada lógica torta
que repetem-se sem querer, em tons aleatórios.
Ensaio sozinho o que te diria se tivesse chance.
O que os sentimentos podem arrastar
dentro de nós, como maré, sem que percebamos?
Aqueles tipos de coisas que seriam somente
secretos se não fosse a ansiedade do outro saber.

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