quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Cinzas no prato em que comi.

Quando percebi, somente havia crescido
 a sombra atrás de mim;
As cinzas que bati, permanecem no prato em que comi.
Uma vítima que permaneceu como infratora – A acusação: Culpa.
Ah! Com nossos corpos desnutridos de vontade
já não queremos mais um ao outro, mas o tédio desolador
nos forçou ainda, diante da inexistência inevitável, à lassidão e volúpia:
Qual agora nossa escapatória senão sermos escravos do remorso?
Cinzas no prato em que comi.

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