domingo, 23 de março de 2014

Mantra.

Em meus secretos ritos pessoais
repito seu nome como um mantra sagrado.
Mentalizo os instantes em meu intimo,
buscando a sensação ainda gravada
de seus cabelos em minhas mãos, de nossas bocas juntas
e de minha boca em seu corpo, manipulada em transe por seus feitiços:
desde teu perfume como incenso
à seu jogo de olhares, que como dizem, parecem brilhar mais que o comum.
Seu nome é meu mantra,
e repito tentando purificar meus dias que se vão - peregrino pela
cidade vazia a noite como um eremita,
buscando uma revelação desse sentimento de força crua
que começa insistir em não sair de mim.  

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