Amargo,
deito em minha cama:
já
não existem lágrimas para estes olhos
secos
e pálidos, igual ao outono em que surgi.
A
omissão de ser aquilo que se é, entre a claridade e a escuridão,
impregna-se
em meu espírito, somando somente remorso
à noite
interminável – neguei-me.
Perdi-me
em mil mascarás, cada qual para um mandato;
e defronte
ao espelho da vontade, sei que te pertenço
pois
quanto mais dou-me a você, sob seus encantos,
menos
controlo minhas rédeas.
Assim,
como um escravo subserviente,
sinto
seu poder, que tanto desejo e temo, em minha pele.
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