Sinto
vertigem,
Pois o medo
me invade, como um animal acuado:
temo cair
dentro de você,
de me
afundar em seus olhos,
de me perder
no breu
já que, como
buracos negros que me sugam,
sei que dessa
profundeza nada me será devolvido.
A queda é
evitada, mas é nela que sentimos
os ventos nos
cabelos,
o frio no
peito que nos assusta, mas nos fazem pulsar;
a inconstância
derradeira nos empurra ladeira abaixo
quando não
omitimos nenhuma palavra.
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